/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/q/I/YhoL25S3SU6fmoJymFHA/danielle3.jpeg)
G1RN- “Estamos ali pra salvar o amor de alguém”, afirma a fisioterapeuta intensivista Danielle Neiva Santos de Aquino Araújo, de 38 anos, que atua em hospitais do Rio Grande do Norte e do Ceará, na linha de frente de combate ao coronavírus. Em 15 anos de profissão, ela afirma que esta é a situação mais grave que vivenciou. Bem mais que a crise da gripe H1N1, por exemplo.
“Naquela época, uns 10 anos atrás, eu estava grávida. Atendi pacientes com H1N1, mas a situação agora é muito mais difícil”, diz.
Para ela, o senso de responsabilidade seu e de seus colegas aumenta ao perceber que os próprios pacientes e seus familiares colocam no trabalho deles a esperança da cura, no combate à Covid-19, mas ela considera que os trabalhadores da área não são “super-humanos”.
“Nós temos medo. Mas temos coragem. Quando entramos na UTI e vemos aquelas pessoas deitadas, as únicas pessoas que elas têm somos nós, a única esperança científica somos nós, profissionais da saúde; e a fé que nós temos e todas as famílias têm para que eles se levantem e saiam embaixo de palmas”, afirma, emocionada.
A profissional é de Mossoró, no Oeste potiguar, onde trabalha há 15 anos. Além do Hospital Wilson Rosado – uma unidade privada – há cinco anos ela passou a fazer plantões também no Hospital Universitário Valter Cantídio, em Fortaleza.