O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira (18) que a vacinação contra a Covid-19 será iniciada a partir das 17h em todo o país. O anúncio foi feito após ele sofrer pressão dos governadores, que pediram para antecipar o início da aplicação das doses, inicialmente previsto para esta quarta-feira (20), conforme informou a colunista Andréia Sadi.
“Acho que podemos começar hoje até o fim do expediente, a partir das 17h”, declarou o ministro.
O horário de 17h para o início da vacinação nacional foi proposto, segundo Pazuello, para dar tempo de todos os estados receberem as doses da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Brasil deve ter 2,9 milhões de doses extras de vacina até o fim de janeiro, diz Pazuello
Em cerimônia em São Paulo, Pazuello deu início à distribuição das doses pelo país no início da manhã. As caixas saíram do centro de distribuição de logística do Ministério da Saúde em Guarulhos, na Grande São Paulo.
“A todas as famílias das vítimas, recebam a nossa solidariedade. É muito difícil perder alguém que amamos. Está dado o primeiro passo para a maior campanha de vacinação do mundo”, afirmou o ministro.
Das 6 milhões de doses, 4.636.936 serão enviadas pelo governo federal aos estados brasileiros. As outras 1.357.640 serão distribuídas pelo estado de SP.
Força Aérea Brasileira inicia transporte de vacinas pelo País — Foto: Tatiana Santiago/G1
Veja divisão das doses da CoronaVac para cada estado:
Região Norte
Rondônia – 33.040
Acre – 13.840
Amazonas – 69.880
Roraima – 10.360
Pará – 124.560
Amapá – 15.000
Tocantins – 29.840
Total de doses – 296.520
Região Nordeste
Maranhão – 123.040
Piauí – 61.160
Ceará – 186.720
Rio Grande do Norte – 82.440
Paraíba – 92.960
Pernambuco – 215.280
Alagoas – 71.080
Sergipe – 48.360
Bahia – 319.520
Total de doses – 1.200.560
Região Sudeste
Minas Gerais – 561.120
Espírito Santo – 95.440
Rio de Janeiro – 487.520
São Paulo – 1.349.200
Total de doses – 2.493.280
Região Sul
Paraná – 242.880
Santa Catarina – 126.560
Rio Grande do Sul – 311.680
Total de doses – 681.120
Região Centro-Oeste
Mato Grosso do Sul – 61.760
Mato Grosso – 65.760
Goiás – 182.400
Distrito Federal – 105.960
Total de doses – 415.880
Governadores
O evento desta segunda, que contou com a presença de alguns governadores, não teve a participação do governador João Doria (PSBD). O vice-governador, Rodrigo Garcia, representou o estado de São Paulo.
No evento do Ministério da Saúde, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, disse que o estado de São Paulo deve seguir o mesmo calendário do plano nacional de imunização para a vacinação dos próximos grupos prioritários.
“A decisão agora do plano nacional de imunização é tendo disponibilidade de vacinas é ampliar o público alvo. Ainda não há essa disponibilidade e, portanto, não há essa ampliação do público alvo”
“Teremos muita dificuldade de novas doses, existe uma programação definida pelo Butantan e pela Astrazeneca, agora é aguardar outras alternativas de vacina para que a gente alcance um número maior da população brasileira”
Questionado o motivo da ausência do governador João Doria no evento, Garcia disse que ele já tinha outros compromissos agendados.
“A vacinação já se iniciou em São Paulo, ele tinha outros compromissos. Essa reunião foi agendada ontem à noite e eu vim representando o governo de São Paulo”.
Uso emergencial
O uso emergencial das 6 milhões de doses da CoronaVac prontas vindas da China foi aprovado neste domingo (17) pela Anvisa.
Por volta das 5h desta segunda, caminhões de carga refrigerados começaram a deixar o centro de distribuição em Guarulhos escoltados por carros da Polícia Federal. Cem caminhões farão o transporte da vacina.
Rio Grande do Norte tem 900 mil seringas para começar vacinação contra Covid-19. — Foto: Sandro Menezes/Governo do RN
Segundo reportagem do G1RN, a governadora Fátima Bezerra do PT faz escolha da pior vacina para ser aplicada contra a Covid-19, a CoronaVac que teve aprovação de apenas 50%.
Na minha opinião, pode ser que mais de 41 mil pessoas venham servir de cobaia para que vejam se haverá eficácia da 4ª fase do experimento das vacinas.
A vacina forçada pelo Dória é a pior de todas. Que Deus proteja as cobaias desses laboratórios.
O Rio Grande do Norte deve receber 82.440 doses da vacina contra Covid-19, nesta segunda-feira (18), para começar a imunização contra Covid-19 no estado. Em uma nova previsão anunciada durante a manhã, o Ministério da Saúde disse que a campanha deve começar às 17h desta segunda e não mais na quarta-feira (20).
A Secretaria de Saúde do Estado, no entanto, ainda não informou quando a vacinação vai começar no Rio Grande do Norte. De acordo com previsões anteriores da pasta, a imunização deveria começar até 72 horas após a chegada do primeiro lote.
As 82.440 doses enviadas ao RN serão suficientes para vacinar 41.220 potiguares, já que a aplicação deve ocorrer em duas doses, com intervalo de 28 dias.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o primeiro grupo prioritário no estado consiste em 37.848 profissionais de saúde, 1.400 pessoas com 60 anos ou mais em instituições e 10 pessoas com deficiência também institucionalizadas.
O estado é o único que não vai receber doses para indígenas, nessa primeira fase, porque, segundo o governo do estado, os grupos locais não se encaixam na classificação de indígenas aldeados. As vacinas recebidas seriam suficientes para aplicar as duas doses no grupo prioritário.
O horário para início da vacinação foi proposto, segundo o ministro Eduardo Pazuello, para dar tempo de todos os estados receberem as doses. Em cerimônia em São Paulo, Pazuello deu início à distribuição das doses pelo país. A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), participou da cerimônia.
As caixas saíram do centro de distribuição de logística do Ministério da Saúde em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Publicado edital de processo seletivo de médicos para rede estadual da Paraíba; inscrições já estão abertas — Foto: Divulgação/Secom-JP
O edital para um processo seletivo de 40 médicos que irão atuar no enfrentamento ao novo coronavírus, temporariamente, em caráter emergencial, foi publicado na edição especial deste sábado (16) do Diário Oficial do Estado (DOE). As inscrições já estão abertas desde às 0h deste sábado e vão até as 23h59 do dia 22 de janeiro.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através de uma página na internet. Para concorrer, o candidato deve se cadastrar na plataforma, acessar a aba “Concursos e Seleções” e efetuar a inscrição. Além disso, o candidato só terá direito a uma única inscrição. Caso seja constatada mais de uma, a última inscrição realizada será considerada. O processo seletivo deve ocorrer por meio de Avaliação dos Títulos, de caráter eliminatório e classificatório.
Conforme o edital da Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), os médicos devem trabalhar a princípio nos municípios de Cajazeiras, Campina Grande, João Pessoa, Patos e Piancó, que são centro de referência no tratamento da Covid-19. Porém, os profissionais podem ser realocados para atender as necessidades dos serviços que estão no Plano de Enfrentamento da Covid-19, na Paraíba.
De acordo com o DOE, os candidatos pertencentes aos grupos de risco de infecção pela Covid-19 estão impedidos de concorrer. Não poderão participar: maiores de 60 anos, gestantes e lactantes, ser portador de comorbidades ou outras condições de risco de desenvolver sintomas mais graves da doença.
O número de candidatos classificados deve ser maior que o número de cargos disponíveis, sendo correspondente a três vezes o número de vagas ofertadas, em ordem decrescente. Segundo o edital, “gera apenas a expectativa de direito à contratação, ficando a concretização desse ato condicionado à exclusiva necessidade, oportunidade e conveniência da Secretaria de Estado da Saúde (SES)”.
São requisitos básicos para inscrição: anexar os documentos pessoais e documentos e títulos, na área de concorrência, no ato da inscrição, na sequência estabelecida, exclusivamente em PDF, no tamanho de até 10MB, e documentos pessoais.
De acordo com o Ministério da Saúde, a medida atende a uma solicitação do Governo do Amazonas para recém-nascidos que estavam no limite de oxigênio. A pasta informou, ainda, que busca mais balas de oxigênio para que os prematuros não precisem ser transferidos para outros estados.
“A pasta já articulou com estados e municípios a disponibilidade inicial de 56 leitos de UTI que poderão receber os recém-nascidos, caso seja necessário: 25 em Curitiba (PR), 11 em Vitória (ES), 9 em Imperatriz (MA), 4 em Salvador (BA), 3 Feira de Santana (BA), 1 em Ariquemes (RO) e 3 no município de Macapá (AM)”, informou, em nota.
Natal (RN), 15/01/2021 – O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT-RN) participou, nesta quinta-feira (14), de reunião que apresentou o RN+ Vacina, sistema de monitoramento de vacinação do Rio Grando de Norte, elaborado pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), aos Ministérios Públicos do estado do RN. O RN+ Vacina é um sistema que vai otimizar a organização, distribuição e regulação da vacina contra a covid-19 em todo o estado.
O sistema elaborado pelo LAIS aprimora o controle em tempo real da distribuição de vacinas no RN. O sistema contempla um módulo de gestão, por meio do qual é possível acompanhar o número de doses disponibilizadas pelo SUS, quem já recebeu as doses, controlar o estoque etc. E há, também, um módulo voltado para o cidadão, com estrutura idealizada para utilização em celulares, com orientações sobre autocadastro, cartão de vacina virtual e vídeos explicando a importância da vacinação. Por meio de um acesso específico, os Ministérios Públicos acompanharão os dados da vacinação pelo sistema para fiscalizar todo o processo.
De acordo com Ileana Neiva, procuradora regional do MPT-RN que participou da reunião, a vigilância em saúde é fundamental para o monitoramento de grupos prioritários. “Para o planejamento de um sistema de vacinação, é necessário que sejam considerados dados epidemiológicos e, portanto, é fundamental o trabalho de vigilância em saúde, com a notificação dos casos para a Sesap, para que se possa saber em que setores está havendo mais adoecimento pela covid e para que as ações do plano de vacinação sejam canalizadas para atender aos trabalhadores de atividades essenciais com maior risco de infecção”, observou a procuradora. Também participou da reunião, representando o MPT, o procurador-chefe do MPT no RN, Xisto Tiago de Medeiros Neto.
De acordo com o LAIS, cada cidadão do RN poderá fazer o seu autocadastro para vacinação a partir do próximo dia 18 de janeiro. A equipe do laboratório estudou os três sistemas do SUS envolvidos no plano de vacinação (SISAB, SPMI e E-SUS AB) para uni-los e propiciar a troca de dados de forma simples e personalizada para as necessidade do estado.
Além disso, salas da vacinas e vacinadores serão cadastrados e se conectarão com o sistema o RN+ Vacina. Dessa forma, será possível fiscalizar em tempo real o mapa da vacinação no estado, desde a Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), onde as doses ficarão armazenadas, até a distribuição.
“Quando a vacina chegar no estado, em 72 horas inicia-se a vacinação no Rio Grande do Norte”, garantiu a governadora Fátima Bezerra na reunião. De acordo com a subsecretária de Saúde do RN Maura Sombreira, Maura Sobreira, o estado do RN priorizou, para a primeira etapa de vacinação, os grupos definidos pelo governo federal. Foi feita uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e com a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) para capacitar os 711 vacinadores cadastrados no estado, além de um cadastro de reserva. Foram adquiridos tablets para as salas de vacinas, com chip para acesso à internet, para que os vacinadores possam atualizar o RN+ Vacina.
A CoronaVac registrou 50,38% de eficácia global nos testes realizados no Brasil, informou nesta terça-feira (12) o Instituto Butantan, que desenvolve a vacina contra a Covid-19 em parceria com o laboratório chinês Sinovac. O anúncio ocorreu em coletiva de imprensa em São Paulo.
O índice de eficácia global aponta a capacidade do imunizante de proteger em todos os casos – sejam eles leves, moderados ou graves. O número mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 50%.
Na semana passada, o Butantan havia divulgado que, nos testes no Brasil, a CoronaVac atingiu 78% de eficácia na prevenção de casos sintomáticos leves, mas que precisaram de cuidados médicos. Aquele anúncio, portanto, descartou os infectados que não precisaram de atendimento.
Porém, quando esse grupo também foi levado em conta, aumentou o total de casos no cálculo – chegou-se, assim, à eficácia global de 50,38% (leia, abaixo, sobre a classificação usada pela OMS).
Na prática, significa que a CoronaVac tem potencial de:
reduzir pela metade (50,38%) os novos registros de contaminação em uma população vacinada;
reduzir a maioria (78%) dos casos leves que exigem algum cuidado médico.
Além disso, nenhum dos vacinados ficou em estado grave, foi internado ou morreu.
“Esta vacina tem segurança, eficácia e todos os requisitos que justificam o uso emergencial”, defendeu o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, durante o anúncio.
Os testes da CoronaVac no Brasil foram feitos em 12.508 voluntários – todos profissionais de saúde da linha de frente do combate ao coronavírus – e envolveram 16 centros de pesquisa. Após o anúncio desta terça, especialistas disseram que a vacina é segura, evita casos graves e ajuda a frear a epidemia.
Diretor de pesquisa do Butantan, Ricardo Palácios apresentou os dados do estudo e afirmou que já estava prevista “uma eficácia menor em casos mais leves e uma eficácia maior em casos moderados e graves”.
“Nós conseguimos demonstrar esse efeito biológico esperado. Esta é uma vacina eficaz. Temos uma vacina que consegue controlar a pandemia através deste efeito esperado, que é a diminuição da intensidade da doença clínica”, disse Palácios.
‘Temos uma vacina que consegue controlar a pandemia’, diz Ricardo Palácios
A CoronaVac é uma vacina contra a Covid-19 que usa vírus inativados. De acordo com pesquisadores chineses, o imunizante não apresentou “nenhuma preocupação com relação à segurança”. A maioria das reações foram leves, sendo dor no local da injeção a mais comum.
VÍDEO: Principais reações adversas à Coronavac são dor de cabeça, febre e dor muscular
Eficácia da CoronaVac
Veja, abaixo, os principais pontos sobre a eficácia:
A taxa de eficácia é uma medida relativa, que mostra a diferença entre o número de casos registrados no grupo que recebeu a vacina e o número de casos no grupo que recebeu placebo (uma substância neutra).
Não se trata, portanto, do percentual de pessoas que ficam imunes após a vacinação.
Nos testes da CoronaVac no Brasil, 1,8% dos vacinados acabaram pegando a doença. No grupo placebo, esse percentual foi de3,6%. É uma diferença de 50,4% – vem daí o índice de eficácia global.
No entanto, entre os contaminados que demandaram algum tipo de atendimento médico, essa discrepância foi maior. No grupo vacinado, 0,15% das pessoas precisaram de assistência. No grupo placebo, esse percentual foi de 0,7%. É uma diferença de 78% – vem daí o índice de eficácia apresentado na semana passada.
Eficácia da CoronaVac — Foto: G1
A eficácia de uma vacina contra Covid-19 é calculada com o auxílio de um protocolo da OMS que classifica os casos da doença entre os voluntários dos testes.
Essa tabela da OMS separa os voluntários em dez níveis, sendo que o nível 0 corresponde a um paciente não infectado pelo coronavírus e o nível 10 equivale a um voluntário que morreu em decorrência da Covid-19.
A taxa de eficácia de 78%, apresentada pelo Butantan na última semana, foi calculada considerando somente casos da doença com pontuação maior ou igual a 3. Esse cálculo leva em conta a comparação entre o número de casos no grupo vacinado e número de casos no grupo que recebeu placebo.
Portanto a eficácia de 78% demonstra o quanto a vacina é capaz de prevenir casos em que é confirmada a infecção pelo coronavírus sintomática e com necessidade de intervenção médica.
Protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que classifica os casos da doença entre os voluntários dos testes de uma vacina. — Foto: Jornal da USP
Outro dado apresentado pelo governo estadual na última semana, a eficácia de 100% em casos graves corresponde à capacidade CoronaVac de evitar casos de Covid-19 que exigem hospitalização, ou seja, superiores a 4 na escala da OMS.
No entanto, o percentual de 100% na prevenção de casos graves não tem significância estatística no estudo. Isso porque o número de casos graves entre todos os voluntários, incluindo aqueles que receberam placebo, foi muito pequeno. Por isso, a diferença estatística entre esses dois grupos não é relevante para a pesquisa.
A eficácia de 50,38% divulgada nesta terça refere-se também pacientes com Covid-19 considerados independentes, isto é, que apresentam apenas sintomas leves, sem necessidade de intervenção médica – esse grupo compõe a o grau 2 da OMS.
O estudo não aponta a eficácia para evitar casos de pacientes assintomáticos da Covid-19, ou seja, não estima quantos voluntários receberam a vacina e tiveram a doença, mas não apresentaram nenhum sintoma, o que corresponde ao grau 1 da OMS.
Na Indonésia, dados preliminares de testes de fase 3 mostraram uma eficácia de 65,3% para a CoronaVac. O país aprovou o uso emergencial, e o presidente Joko Widodo deve receber a primeira dose nesta quarta-feira (13).
Fantástico entra no Instituto Butantan e mostra em 1ª mão produção da CoronaVac — Foto: Fantástico
Detalhes dos testes
Segundo Ricardo Palácios, diretor de pesquisa do Butantan, a CoronaVac foi testada com os profissionais de saúde porque eles têm exposição ao vírus muito maior que a população em geral.
“[O teste] não é a vida real exatamente. É um teste artificial, no qual selecionamos, dentro das populações possíveis, aquela [em] que a vacina poderia ser testada com a barra mais alta. Fizemos deliberadamente para colocar o teste mais difícil para esta vacina [CoronaVac]. Porque, se a vacina resistisse a esse teste, iria se comportar infinitamente melhor em níveis comunitários”, disse o pesquisador.
“A gente quer comparar os diferentes estudos, mas é o mesmo que comparar uma pessoa que faz uma corrida de 1km em um trecho plano e uma pessoa que faz uma corrida de 1 km em um trecho íngreme e cheio de obstáculos”, comparou.
O diretor disse ainda que a definição de caso sintomático de Covid-19 no estudo captou os sintomas “mais leves possíveis”. O critério era apresentação de um ou mais sintomas da doença por dois ou mais dias – e, então, foi feita confirmação por exame diagnóstico do tipo RT-PCR.
Segundo Palacios, essa característica “prejudica a comparabilidade deste estudo com outros estudos” de vacinas para Covid-19. O diretor apresentou a classificação da OMS para falar sobre os casos de Covid-19 entre os voluntários.
“Esta é a forma que a OMS classifica os casos de Covid-19. Ela funciona como uma pirâmide, na qual a gente tem uma base larga de pessoas que não apresentam sintoma nenhum. E, aqui nós tínhamos que fazer uma escolha: onde colocar o limite”, disse Palacios.
“Nós estamos numa definição de caso [a partir do grau da OMS] 2, de casos extremamente leves. E, aí, a gente sabia que isso era uma negociação. A eficácia vacinal, ela ia baixar, quanto mais baixássemos o score [para a definição de caso], mas a gente ia ter maior número de casos”, explicou Palácios.
‘Risco quase zero’, diz cientista
Na avaliação da bióloga e presidente do Instituto Questão de Ciência, Natalia Pasternak, que também esteve presente na coletiva desta terça, a vacina cumpre o papel de iniciar a saída do Brasil da pandemia (veja mais no vídeo abaixo).
“Temos uma vacina que é potencialmente capaz de prevenir doença, doença grave e morte. E, afinal das contas, era tudo o que a gente queria desde o começo. A gente nunca falou no começo da pandemia: ‘Eu quero a vacina perfeita'”, afirmou Pasternak.
Vacina CoronaVac tem eficácia global de 50,38% nos testes feitos no Brasil
Ela destacou que, além de diminuir as chances de contaminação, o imunizante se mostrou eficiente para reduzir as complicações provocadas pela Covid-19.
“Fazendo cruamente uma análise de risco e benefício desta vacina – eu tenho uma vacina cujo risco, pessoal, [é] quase zero, porque os efeitos adversos são irrisórios”, completou a pesquisadora.
“Mas eu tenho um benefício, que não é só para mim, mas um benefício coletivo de saúde pública, de reduzir o risco de doença em 50%. Eu quero esse benefício. Não tem justificativa de não usar uma vacina com essa condição de risco e benefício.”
Documentação entregue à Anvisa
‘Temos urgência no pedido de uso da CoronaVac, um dia faz diferença’, diz diretor do Butantan
No sábado, a Anvisa afirmou que o Butantan entregou documentação incompleta dos testes feitos no país e cobrou o envio das informações.
Na ocasião, o instituto disse que a solicitação faz parte do processo e que seria prontamente atendida. Nesta segunda, o Butantan afirmou que 48% do processo já foi concluído e que a agência já analisou cerca de 40% dos documentos enviados.
Em entrevista à GloboNews nesta terça, Dimas Covas afirmou: “Nós entramos com o pedido de uso emergencial no última dia 8 – esse pedido está em análise. Foram solicitados documentos adicionais, nós estamos oferecendo em fluxo contínuo, e esperamos que em dez dias, até o dia 18, nós tenhamos uma resposta da Anvisa” (veja mais no vídeo acima).
Plano estadual de vacinação
O Plano Estadual de Imunização (PEI) foi elaborado pelo governo paulista considerando justamente a aplicação da CoronaVac.
Questionado sobre como a data de início do plano estadual pode estar mantida – já que o Instituto Butantan assinou um contrato de exclusividade para fornecer a CoronaVac para o governo federal –, Doria disse apenas que “a exclusividade é pela vida”.
O governador alegou ainda que “o sistema nacional de imunização será respeitado e atendido por São Paulo se atender São Paulo, dentro de critérios científicos”.
A promessa de Doria é utilizar os 5,2 mil postos de vacinação já existentes nos 645 municípios do estado e ampliar a rede para até 10 mil locais de vacinação por meio da utilização de escolas, quartéis da PM, estações de trem e terminais de ônibus, além de farmácias e de pontos de vacinação no sistema drive-thru.
O boletim indica ainda que o RN tem atualmente 465 pessoas internadas por causa da Covid-19, sendo 302 na rede pública e 163 na rede privada. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 60% na rede pública e de 71,3% na rede privada.
O número de testes realizados para Covid-19 no estado segue desatualizado em 385.269, sendo 205.269 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 180.000 sorológicos.
Mas já esteve pior, pois em notícias da Uol de junho de 2020, o RN chegou a colocar a polícia na rua para fechar o comércio, o que não irá acontecer nos dias vindouro, uma vez que o vírus está seguindo seu curso natural provocando anticorpos em pessoas assintomáticas.
Então, todo cuida é importante para que se siga com a vida econômica em crescimento. O RN não pode parar!
O Rio Grande do Norte chegou a 125.338 casos de Covid-19 e tem 3.115 mortes pela doença desde o início da pandemia. Os dados foram atualizados boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta terça-feira (12). Outros 511 óbitos seguem em investigação.
São 375.050 pacientes que apresentaram os sintomas, entre esses estão, segundo o boletim, 64.608 casos suspeitos e outros 286.840 descartados. O número de confirmados recuperados continua em 88.210, e o de inconclusivos, tratados como “Síndrome Gripal não especificada”, está em 65.806.
Vacina Oxford/AstraZeneca é aguardada com impaciência porque é relativamente barata | Foto: Justin Tallis / AFP / CP
A Anvisa informa que aprovou um pedido de importação excepcional de vacinas pela Fiocruz. A importação é considerada excepcional porque o imunizante ainda não foi submetido à autorização de uso emergencial ou registro sanitário. A aprovação ocorreu no dia 31 de dezembro de 2020, mesmo dia que o pedido de importação foi protocolado pela Fiocruz.
A importação engloba dois milhões de doses da vacina de Oxford. A Fiocruz é a responsável por produzir a vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford aqui no Brasil. As doses importadas foram fabricadas pelo Serum Institute of India PVT. LTD, que é uma das empresas participantes do Covaxx Facility, o programa de aceleração e alocação global de recursos contra o novo coronavírus co-liderada pela OMS.
Como se trata de uma importação de vacina que ainda não foi aprovada no país, a entrada no país deve seguir algumas condições, estabelecidas pela Anvisa.
A principal exigência é que as vacinas importadas fiquem sob a guarda específica da Fiocruz até que a Anvisa autorize o uso do produto no país. Para isso, a Fiocruz deve garantir as condições de armazenamento e segurança para manutenção da qualidade do produto. Na solicitação recebida pela Anvisa, a indicação é que as vacinas cheguem ao país em janeiro.
De acordo com o pedido da Fiocruz, a importação excepcional é uma preparação para antecipar a disponibilização de vacinas a partir do momento em que o seu produto estiver aprovado pela Anvisa.
A autorização do pedido de importação excepcional é semelhante a outros já analisados e autorizados pela Anvisa e demostra a prioridade da Agência no tratamento de todos os processos que tratam de produtos para o enfrentamento da Covid-19.
Das responsabilidades:
A ausência de registro na Anvisa não isenta o importador das responsabilidades, quanto à qualidade, eficácia e segurança da vacina Covid-19, bem como de garantir as condições de biossegurança, transporte, armazenamento e conservação, devendo responder pelos efeitos danosos à saúde, caso venham a ocorrer. Assim, a liberação excepcional de importação condiciona as seguintes responsabilidades referente ao(s) lote(s) que fica(m) sob guarda da Fiocruz, devendo a fundação garantir:
I. adequabilidade da cadeia de transporte;
II. adoção das medidas relativas à biossegurança em todas as etapas (transporte, armazenamento, guarda e os procedimentos para a liberação dos lotes);
III. adequabilidade das condições de conservação e armazenamento;
IV. que não seja disponibilizada para distribuição e uso na população brasileira a vacina Covid-19, sem autorização de uso emergencial ou registro sanitário concedido pela Anvisa;
V. a liberação do(s) lote(s) pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS, nos termos da Resolução – RDC No 73, de 21 de outubro de 2008, DOU de 22 de outubro de 2008;
VI. adoção demais medidas para preservar a qualidade, eficácia e segurança
Caso a vacina covid-19, objeto desta liberação de importação, não seja autorizada a ser usada nos termos da autorização emergencial ou registrada pela Anvisa ou o lote seja reprovada por Biomanguinhos ou INCQS, a Fiocruz deve executar os procedimentos de descarte e incineração da vacina, conforme os padrões normativos.
Atualmente, existem quatro vacinas com pesquisa autorizadas no país. Por meio da Submissão Contínua, a Anvisa já vem analisando os dados enviados previamente pelos laboratórios, mas até o momento não há pedidos de uso emergencial ou de registro no país.
No mês de junho, segundo a Sesap/RN, o número de ocupação de UTIs pela Covid-19 era de 93% na região metropolitana de Natal, 81% na região do Seridó e 90% na região Oeste.
Mas agora, mesmo com o aumento das testagens positivas, há uma acentuada diminuição nos casos que ocupam as UTIs.
A Sesap informa, no último boletim, em 29 de dezembro, que há apenas 66,7% de ocupação de UTIs na rede pública e 59% na rede privada.
Isto pode está confirmando que o uso da profilaxia com os medicamentos testados e estudados estão diminuindo a força do vírus.
Entre os remédios mais recomendados está a Ivermectina.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, durante o lançamento do plano nacional de vacinação contra a Covid-19.| Foto: Reprodução/TV Brasil
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse, durante entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, que todos os estados receberão a vacina contra Covid-19 simultaneamente. “Independentemente da quantidade da vacina, ela será distribuída igualitariamente dentro da proporcionalidade dos estados”. A entrevista com Pazuello foi ao ar nesse domingo (27), às 19h30.
A previsão do Ministério da Saúde é que 24,7 milhões de doses de vacinas estejam disponíveis em janeiro. “O cronograma de distribuição e imunização é um anexo do nosso plano de imunização”, disse Pazuello, ao acrescentar que o cronograma pode sofrer mudanças. “Você faz a previsão quando contrata, mas às vezes adianta, às vezes atrasa, e a gente vai atualizando esse cronograma.”
A expectativa de Pazuello é que alguns grupos prioritários comecem a receber a primeira dose da vacina contra a covid-19 no final de janeiro. A vacinação em massa deve começar a partir de fevereiro. Segundo o ministro, a vacinação da população em geral deve começar cerca de quatro meses após o término da imunização dos grupos prioritários. As informações são da Agência Brasil.
Após dois adiamentos, o governo de São Paulo deverá divulgar os dados da eficácia da CoronaVac até 7 de janeiro de 2021, de acordo com informações obtidas pelo portal G1 junto a gestão estadual e o Instituto Butantan.
Os resultados dos testes da vacina contra o coronavírus, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, deveriam ter sido divulgados na última quarta-feira (23), mas foram adiados novamente. Antes, a previsão era de que eles fossem conhecidos em 15 de dezembro.
Segundo o governo, o motivo do adiamento foi que o percentual de eficácia da vacina foi diferente nos países em que ocorreram os testes.
Na quinta-feira (24), a Turquia informou publicamente ter chegado ao percentual de 91,25% de eficácia da CoronaVac em testes preliminares feitos com 1,3 mil voluntários. Já no Brasil, segundo o secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, os testes realizados não atingiram esse índice.
‘A gente espera que a CoronaVac tenha uma eficácia alta’, diz infectologista Antônio Bandeira
“Não atingiu 90% (nos testes no Brasil), mas está em níveis que nos permitem fazer uma redução de impacto de doença na nossa população”, afirmou Jean, citando que o percentual é superior ao mínimo de 50% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O que nós não imaginávamos é que a empresa (Sinovac) queria, e objetivava, uma unicidade, um resultado muito próximo em todos os países, e não somente em um ou outro país”, disse o secretário, justificando o adiamento da divulgação dos dados.
Ainda, segundo o secretário, é normal haver alguma diferença entre testes. “A gente não vai ter a mesma resposta para diferentes populações, porque são populações muito peculiares do ponto de vista genético, racial”, disse Jean.
Apesar do adiamento na divulgação dos dados, Jean reafirmou que o governo paulista mantém a previsão de início da vacinação em 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo.
Profissional da Saúde cuida de paciente com Covid-19 na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste de São Paulo, em foto de 8 de dezembro. — Foto: Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo
O estado de São Paulo não divulgou novamente neste domingo (20) os dados atualizados de novos casos e mortes por Covid-19. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, houve nova falha em sistema do Ministério da Saúde em que os municípios inserem as informações.
“Neste domingo (20), o Estado de SP foi novamente impossibilitado de fazer o processamento total de dados de COVID-19 devido a novas falhas no sistema SIVEP do Ministério da Saúde, impactando a atualização dos casos e óbitos nesta data. Problema similar ocorreu na última quarta-feira (16) e em diversos dias do mês de novembro”, disse a secretaria.
Em nota enviada neste domingo, o Ministério da Saúde afirmou que está realizando manutenção no sistema, mas que ela não afeta o registro das informações.
“O Ministério da Saúde informa que não há problemas técnicos nos registros de novas notificações de Covid-19 no Sivep-Gripe. A Pasta esclarece que a equipe técnica do DataSUS está realizando manutenção no sistema de consumo de dados dos estados. A previsão de normalização é no início desta semana”, diz o comunicado.
“Para facilitar a visualização dos dados, o Ministério da Saúde solicitou alterações no processo de disponibilidade de dados. Tais alterações não impactaram no registro da informação, pois o sistema continua estável e atendendo todos os estados do País.”
Neste domingo, a secretaria estadual informou que há 10.951 pacientes internados no estado com suspeita ou confirmação da Covid-19, sendo 6.197 em enfermaria e 4.754 em Unidades de Terapia Intensiva. As taxas de ocupação de leitos de UTI são de 62% no estado e 67,3% na Grande São Paulo.
A Sesap-RN registrou, hoje (17), em seu boletim, 7 mortos pela Covid-19. Segundo as informações, a contaminação permanece crescendo, mas há menos óbito do que o que se esperava.
Já houveram mais de 300 mil casos suspeitos, dos quais 251.808 foram descartados. Todavia, há casos de negativos falsos.
Ao todo foram confirmados 106.095 casos positivos, mas alguns doutores acham esses testes rápido muito imprecisos, inconfiáveis, seja para resultados positivo ou negativo.
São mais de 710 mortes pela suspeitas da Covid-19 que já foram descartados.
O que não se sabe é se esses óbitos são contabilizados com o total, e depois não são diminuídos daquele total, o que manteria o número de óbitos pela Covid-19 em alta.
O Peru anunciou nessa sexta-feira (11/12) a suspensão temporária dos ensaios clínicos da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinopharm para covid-19, após terem sido detectados problemas neurológicos em um dos voluntários.
O Instituto Nacional de Saúde peruano decidiu suspender os testes como medida de precaução, depois de um voluntário se ter queixado de dificuldades para mexer as pernas, devido a fraqueza, de acordo com órgãos de comunicação locais.
“Há alguns dias, comunicamos devidamente as autoridades reguladoras de que um dos nossos participantes [nos ensaios clínicos] apresentava sintomas neurológicos que poderiam corresponder a uma complicação conhecida como Guillain-Barré”, explicou o chefe da equipe de pesquisa principal dos ensaios clínicos da vacina, German Malaga, segundo a imprensa peruana.
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença rara, não contagiosa, em que o sistema imunológico do paciente ataca parte do sistema nervoso periférico, podendo levar a fraqueza muscular, perda de sensibilidade nas pernas e braços e até paralisia.
Em meados de 2009, o Peru tinha declarado emergência sanitária em várias regiões do país devido a vários destes casos.